Até sempre.

Ontem, durante a tarde, recebi uma mensagem que me informava do falecimento de um professor da ESE, meu professor de seminário da área musical. Mesmo não sendo alguém próximo, nunca estamos preparados para receber uma notícia destas, de alguém que conhecemos, quanto mais não seja, de vista. Não pude deixar de me sentir desconfortável, esquisita e volta não volta, enquanto dava aula, lá me vinha a imagem do professor à ideia. Não demorou muito tempo até que me recordasse dos últimos momentos em que estive com ele. Lembrei-me logo da sua voz grave, da sua presença imponente na sala de aula, das aulas em que nenhuma de nós (grupo) queria ir porque não tinha feito ou adiantado o projecto e receávamos o sermão, da aula em que o meu casaco azulão lhe chamou a atenção e perguntou se era moda, daquela aula em que todos chegaram atrasados e vi-o chegar atarefado e chateado porque lhe tinham mudado a sala; dos momentos em que o via a fumar à porta do edifício e me cumprimentava… enfim foram vários os flashbacks, que agora ficam para recordação.

Assusta percebermos o quanto a vida é efémera.

Até sempre.