R.I.P. António Feio

Quem é que hoje não ouviu a notícia sobre a sua morte?

Quem é que hoje não ficou surpreendido por tal perda?

Quem é que hoje não parou para pensar nas suas palavras?

Quem é que hoje não parou para pensar sobre a sua própria vida?

Quem é que hoje não pensou que a vida é tão efémera?

Quem?

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Há umas semanas atrás o país tomou conhecimento da morte de Saramago. Há umas semanas atrás publicitei-o. Hoje o país acordou com o desaparecimento de António Feio. Hoje publicito-o. Parecem posts semelhantes. Não são. A verdade é que fiquei bem mais sentida, pensativa, mais triste com esta perda. Talvez porque imagino a dor da sua família. Talvez porque imagino o quão dolorosos foram, para os seus entes queridos, estes tantos meses a travar batalha com a doença. Talvez porque imagino a esperança que sentiram sempre que notavam melhorias. Talvez porque imagino a angústia dos seus dias e das suas noites. A minha imaginação, um dia, teve um final feliz. A deles não teve. Afinal não imagino nada.

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Saliento a sua luta, a sua coragem, o seu bom humor, a sua força.

Nada melhor do que as suas próprias palavras para terminar este post. Palavras sábias.

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"Se há coisa que eu costumo dizer é: aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam-no. E não deixem nada por dizer, nada por fazer."

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R.I.P. António Feio.